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Voltar Publicada em 18/11/2025

Embrapa lança selo para certificar carne bovina sustentável

Certificação Baixo Carbono fortalece agropecuária no Brasil

A Embrapa lançou (16), durante a COP30, a certificação Carne Baixo Carbono (CBC), criada para reconhecer produtores rurais da agropecuária capazes de reduzir emissões de gases de efeito estufa. A certificação foi desenvolvida e lançada em parceria com a MBRF e a ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Ela reúne critérios técnicos e indicadores, sobretudo, usados para monitorar propriedades que adotam sistemas de intensificação sustentável. Esses sistemas incluem integração lavoura-pecuária (ILP), pastagens de alta produtividade, recuperação de áreas degradadas e manejo eficiente do solo e da água. Além disso, segundo a Embrapa, essas práticas aumentam a captura de carbono no solo e na vegetação.

Dessa forma, diminuem o impacto climático da pecuária e tornam o uso da terra mais eficiente. Assim, reduzem também a pressão sobre novas áreas com vegetação nativa.

Com o selo, o consumidor passa a ter a garantia de que a carne foi produzida seguindo critérios ambientais rigorosos e processos auditáveis.

Dados do inventário nacional de emissões mostram que a pecuária bovina responde por cerca de 20% das emissões totais de CO₂ equivalente no país. Natália Grossi, analista da Amigos da Terra, afirma que a iniciativa contribui, sobretudo, para acelerar a adoção de tecnologias previstas no Plano ABC+, política do governo federal para mitigação e adaptação climática. Além disso, ela destaca que “o protocolo CBC é um pacote técnico muito completo e ganha, portanto, ainda mais relevância com esta certificação”. Assim, pode posicionar o Brasil como liderança global em agricultura sustentável, conclui.

Ela destaca que os benefícios aos produtores vão além da agenda ambiental. “Incluem pastos mais produtivos, valorização da carne, acesso a mercados mais exigentes e aumento da resiliência da fazenda — com solos mais férteis e menos vulneráveis às mudanças climáticas.”

Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o selo representa, antes de tudo, um avanço na consolidação de uma cadeia de carne bovina de baixo carbono, “transparente, auditável e capaz de gerar valor tanto para o produtor quanto para o consumidor”.

Além disso, segundo ela, o protocolo traduz, sobretudo, em critérios mensuráveis o compromisso com a redução de emissões e a valorização de produtores que já aplicam boas práticas, como recuperação de pastagens e manejo eficiente da água e do solo.

A MBRF, empresa global de alimentos com portfólio multiproteínas e responsável pelo Programa Verde+, lançado em 2020, aplicará o selo. O diretor de Sustentabilidade da companhia, Paulo Pianez, afirma que a certificação valida os esforços da empresa.

Pecuária de baixo carbono, 100% monitorada

“Promovemos ações contínuas para uma pecuária de baixo carbono, 100% monitorada, livre de desmatamento e inclusiva. A Carne Baixo Carbono destaca a importância da integração entre ciência e campo.”

Massruhá reforça que a parceria entre Embrapa e MBRF marca, sobretudo, a consolidação de uma pecuária mais sustentável. Além disso, essa pecuária está alinhada aos desafios climáticos globais. Essa evolução é resultado, portanto, da união entre ciência, setor público e iniciativa privada. Ademais, a expectativa da Embrapa é que, com a ampliação do uso do protocolo e maior adesão de produtores, o Selo Carne Baixo Carbono se consolide como um marco.

Por conseguinte, essa certificação contribuirá para a transição para uma pecuária de menor impacto climático. Assim, ela auxiliará no cumprimento das metas de descarbonização do Brasil. Essa meta faz parte do Acordo de Paris, um compromisso ambiental internacional de grande relevância. Sendo assim, o protocolo representa um avanço decisivo para a agricultura sustentável no país.

Fonte: agênciagov

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