Um bebê prematuro, de cinco meses, que havia sido dado como morto pelos médicos após nascer em Ariquemes, no estado de Rondônia, teve a respiração e batimentos cardíacos detectados por um agente funerário durante os procedimentos de preparação do enterro da criança. O caso aconteceu entre a segunda (27) e a terça-feira (28).

A mãe da criança, uma jovem de 18 anos, não sabia que estava grávida. Na segunda-feira ela procurou atendimento na rede pública de saúde duas vezes sentindo fortes dores, mas foi mandada para casa ainda sem saber da gravidez. As dores então aumentaram e ela acabou dando à luz o bebê prematuro em casa.

Ao ser encaminhada ao hospital, a criança foi considerada “natimorta”, de acordo com a declaração de óbito que foi assinada pelos médicos. A jovem de 18 anos estava no quinto mês de gestação e o bebê nasceu pesando pouco mais de um quilo.

Após a declaração da morte, o agente funerário relatou que foi chamado na unidade de saúde por volta de 3h da manhã para recolher o corpo e levar para a funerária. Horas depois, enquanto realizava os procedimentos de preparação para o enterro, ele percebeu que o bebê suspirou e que a criança apresentava batimentos cardíacos.

Quando viu que o bebê estava vivo, ele levou a criança para o hospital. Desde então a criança segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal de um hospital privado da cidade. O estado de saúde, porém, não foi divulgado.

Revoltados com a situação, os familiares e a funerária registraram um boletim de ocorrência na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) de Ariquemes. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

Nota de esclarecimento: Em razão do ocorrido nas dependências da Casa de Parto, anexa ao Hospital Municipal

Em razão do ocorrido nas dependências da Casa de Parto, anexa ao Hospital Municipal, no dia 28 de dezembro, a Prefeitura de Ariquemes esclarece que, conforme determinação da Prefeita e da Secretária de Saúde, foi instaurado o processo administrativo nº 22289/2021 para investigar, com absoluto rigor e cautela, os fatos e as responsabilidades dos envolvidos no caso.

A Prefeitura se solidariza com a família do recém-nascido e adianta que todo suporte necessário, e de alta complexidade, para o tratamento hospitalar da criança está sendo disponibilizado.

Esta administração continuará firme em seu compromisso com os valores mais elevados da nossa sociedade, visando, em especial para o caso, proteção e salvaguarda, ao fundamento republicano da dignidade da pessoa humana.

Diante do ocorrido, ações administrativas internas estão em curso para apurar as responsabilidades e, de modo firme, punir eventuais desvios que forem comprovados no curso do devido processo legal.

O respeito aos envolvidos haverá de guiar a apuração dos fatos, com a seriedade e o cuidado que a questão exige de todos nós.

Por fim, salientamos estar totalmente abertos a qualquer esclarecimento que for pertinente e reforçamos, uma vez mais, nosso compromisso com o bem-estar do povo Ariquemense.