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Voltar Publicada em 13/12/2025

Corrida ao Senado em Rondônia: Marcos Rocha lidera com 24%, seguido por Sílvia Cristina, aponta nova sondagem para 2026

Levantamento inédito desenha o primeiro cenário para a disputa das duas cadeiras ao Senado Federal, revelando a força do atual governador e a fragmentação do voto conservador no estado.

POR REDAÇÃO | POLÍTICA RONDÔNIA

A disputa pelas duas vagas ao Senado Federal por Rondônia nas eleições de 2026 já começou a movimentar os bastidores e a opinião pública. Um novo levantamento de intenção de votos, divulgado recentemente, coloca o atual governador Marcos Rocha (União Brasil) na liderança isolada do primeiro cenário estimulado, com 24% da preferência do eleitorado.

A pesquisa traz dados reveladores sobre a correlação de forças no estado, destacando a consolidação de nomes já conhecidos e o surgimento de novas apostas ligadas ao bolsonarismo raiz.

O Cenário Estimulado

De acordo com os números apresentados, a deputada federal Sílvia Cristina aparece tecnicamente forte na segunda posição, somando 21% das intenções de voto. A parlamentar, reconhecida por seu trabalho na área da saúde e oncologia, demonstra capital político para brigar diretamente por uma das duas cadeiras em jogo.

A grande surpresa do levantamento surge na terceira posição: Bruno Bolsonaro Scheid (PL), com 16%. O uso do sobrenome "Bolsonaro" e a filiação ao Partido Liberal indicam uma estratégia clara de capturar o eleitorado fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro, disputando espaço no mesmo espectro ideológico do governador Marcos Rocha e de outros pré-candidatos da direita.

Logo atrás, aparece o experiente senador Confúcio Moura (MDB), com 14%. Ex-governador e político tradicional, Confúcio mantém uma base eleitoral fiel, mas enfrenta o desafio de crescer em um estado majoritariamente conservador.

Completam a lista o deputado estadual Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos), com 9%, e o ex-senador Acir Gurgacz (PDT), que registra 4%.

A Metodologia e os Indecisos

O levantamento também mensurou o nível de indecisão e rejeição ao sistema. Os votos brancos ou nulos somam 5%, enquanto uma parcela significativa de 9% dos entrevistados afirmou não saber em quem votar ou preferiu não responder.

Vale ressaltar que, para o pleito de 2026, cada eleitor terá o direito de votar em dois candidatos a senador, já que haverá a renovação de 2/3 da Casa (duas vagas por estado). A pesquisa respeitou essa dinâmica, permitindo que os entrevistados indicassem até dois nomes, o que explica a soma das porcentagens ultrapassar 100% ou a distribuição diluída dos votos.

Análise: A Disputa pela Herança Conservadora

Os números indicam um congestionamento na raia da direita em Rondônia. A liderança de Marcos Rocha é natural, dado o recall de seu cargo atual e a impossibilidade de reeleição para o governo, tornando o Senado o caminho natural. No entanto, ele não corre sozinho.

  • Sílvia Cristina mostra que seu trabalho assistencialista furou a bolha regional, colocando-a como uma competidora de peso.

  • O Fator Scheid: A presença de Bruno Scheid com 16% é um sinal de alerta para os demais candidatos da direita. Ligado à família Bolsonaro e vice-presidente do PL em Rondônia, ele pode drenar votos cruciais de Rocha e Camargo, dividindo o eleitorado conservador.

  • A Resistência do MDB: Confúcio Moura, com 14%, aparece como o fiel da balança. Se a direita se fragmentar excessivamente entre três ou quatro nomes fortes, o emedebista pode garantir sua reeleição com um percentual consistente de votos de centro e da esquerda, que hoje carece de outros nomes competitivos na lista.

O Que Esperar

Faltando ainda algum tempo para 2026, este cenário serve como um "termômetro" inicial. A tendência é que haja composições e desistências. A grande dúvida é se o PL e o União Brasil caminharão juntos ou se lançarão chapas puras, o que poderia transformar a eleição para o Senado em uma "batalha campal" pelos votos bolsonaristas no estado.

Por enquanto, Marcos Rocha larga na frente, mas a curta distância para Sílvia Cristina e o crescimento de figuras ligadas diretamente ao núcleo duro do bolsonarismo prometem uma eleição histórica em Rondônia.

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