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Voltar Publicada em 09/01/2025

Maduro prende líder da oposição na Venezuela

Maria Corina Machado, que passou a viver escondida após denunciar fraude nas eleições, teria sido

Líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado foi presa nesta quinta-feira (09/01) em Caracas após sair de seu esconderijo e liderar um protesto contra o presidente Nicolás Maduro um dia antes de ele tomar posse do terceiro mandato, informaram apoiadores da política.

Pessoas próximas a Machado disseram às agências de notícias que ela foi "interceptada violentamente ao deixar o protesto", e que tiros teriam sido disparados contra o comboio de motos que a cercava.

Até o momento da publicação deste texto, não havia detalhes sobre o paradeiro de Machado, de 57 anos, nem posicionamento oficial do governo Maduro. Machado era o nome proposto originalmente pela oposição para disputar as eleições em 28 de julho, mas teve sua candidatura barrada pelo regime. No lugar dela, entrou Edmundo González Urrutia.

Era a primeira vez em meses que ela fazia uma aparição pública. Após meses de dura repressão – com mais de 2 mil prisões – e sob forte presença policial, porém, o público desta vez era menor.

Clima de repressão na Venezuela

A despeito das suspeitas de fraude corroboradas por entidades internacionais e da falta de transparência, a vitória eleitoral de Maduro foi proclamada pelos órgãos oficiais sem que fosse feita a divulgação das atas eleitorais – documentos que, semelhantes aos boletins de urna no Brasil, permitiriam auditar o resultado.

Com base em atas reunidas e divulgadas na internet por conta própria, a oposição alega ter vencido a eleição com 67% dos votos contra 30% de Maduro.

Após insistirem nas acusações de fraude, tanto Urrutia quanto Machado e demais opositores foram ameaçados com a prisão. O regime também reprimiu duramente as manifestações que questionaram a autoproclamada reeleição de Maduro por mais seis anos.

Sob pressão, Machado passou a viver escondida, enquanto Urrutia, que se autoproclamou presidente eleito da Venezuela, chegou a fugir para o exterior, mas anunciou recentemente que voltaria ao país para tomar posse do cargo nesta sexta-feira (10/01) – com a prisão de Machado, porém, não está claro se ele de fato voltará a pisar na Venezuela. Na quarta-feira, Urrutia já havia denunciado a prisão de seu genro.

Fonte: DW

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