A greve dos professores da rede estadual de Rondônia entrou em uma nova fase nesta terça-feira (19), quando servidores da educação deixaram o Centro Político Administrativo (CPA) e ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa, em Porto Velho. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTERO), ocorre após o governo do estado apresentar uma proposta considerada insatisfatória pela categoria.
Segundo o sindicato, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) ofereceu apenas uma progressão salarial de 2%, válida apenas a partir de 2026, sem contemplar outras reivindicações urgentes da classe. Entre os principais pontos da pauta dos professores estão:
Valorização da formação com aumento na gratificação por titulação (pós-graduação, mestrado e doutorado);
Ampliação do auxílio-transporte para servidores com remuneração de até cinco salários mínimos;
Reajuste do auxílio-alimentação, que está congelado há quase dez anos;
Realização de concurso público unificado para preencher a carência de servidores nas escolas;
Equiparação salarial entre técnicos de nível I e II.
A ocupação das galerias teve como objetivo pressionar os deputados estaduais a se envolverem diretamente nas negociações, diante do impasse entre a categoria e o governo. Durante a sessão legislativa, os professores exibiram cartazes e cobraram posicionamento dos parlamentares sobre a crise na educação.
"A proposta do governo é uma afronta à nossa luta. Não vamos aceitar mais promessas vagas enquanto nossas escolas seguem sem estrutura e os profissionais são desvalorizados", afirmou uma das representantes do SINTERO durante o ato.
Até o momento, o governo não se manifestou sobre uma nova rodada de negociações, mas o movimento grevista segue ganhando força e apoio de diversas categorias e setores da sociedade civil. A Assembleia Legislativa pode se tornar um palco decisivo para a mediação do conflito nos próximos dias.
Comunicado da Redação – STV News