STV News
Facebook Youtube Instagram
Voltar Publicada em 26/08/2021

Completando 60 anos a BR 364 pode entrar em colapso

No dia 2 de fevereiro de 1960, então presidente Juscelino Kubistchek, num gesto usado de estadista visionário lançou as obras da rodovia 029, atual BR 364

No dia 2 de fevereiro de 1960, então presidente Juscelino Kubistchek, num gesto usado de estadista visionário lançou as obras da rodovia 029, atual BR 364, ligando o Território Federal de Rondônia ao Acre completando a malha viária de Norte a Sul unindo por estradas todo o Brasil. Rondônia, Acre e o Brasil cresceram, porém a BR 364 projetada numa época em que os veículos mais pesados transportavam cargas de no máximo 25 toneladas permaneceu estagnada no tempo e no espaço, sem as devidas manutenções para suportar as centenas de carretas que na atualidade trafegam com mais de 70 toneladas.

Neste sábado a Rede TV! Por meio do programa “Campo e Lavoura” que vai ao ar das 7:00 às 8:00 mostra através de depoimentos de empresários, produtores rurais e autoridades ligadas ao setor produtivo, a preocupação com a possibilidade real de um colapso no sistema de transportes de cargas na próxima safra. A equipe do jornalista, José Luiz Alves, percorreu 1.400 quilômetros ao longo de uma semana traçando um perfil desta rodovia, que serve de ligação em toda a região Norte.

Para se ter uma idéia aproximada da importância da BR 364 para a região Norte, pelo posto de fiscalização da Receita Estadual, na divisa de Mato Grosso com Rondônia, por ali, neste período de entre safra de grãos passam 1.200 carretas/dia. Porém durante a colheita da safra de soja que começa nos últimos dias de cada ano, o fluxo de caminhões e carretas cresce entre 30 e 40%/dia. Todas as cargas que seguem rumo ao norte do País passam pelo posto de Vilhena, abarrotando a judiada e mal preservada BR 364.

E tem mais: dezenas de carretas transportando grãos entram no município de Vilhena, pelas rodovias vicinais procedentes dos municípios de Juína e Juará no Mato Grosso, com notas fiscais do produtor rural, não há nada de irregular, seguindo em direção aos portos na capital. Na verdade, o agronegócio cresceu na região sem que o mesmo ritmo na modernização do sistema desta rodovia tenha acompanhado o progresso, que é um fato incontestável.

Preocupação geral

Com investimentos pesados na agricultura em Rondônia e sudeste de Mato Grosso, empresários ligados ao agronegócio, assim como os caminhoneiros que transportam a produção de grãos diante da ausência de infra-estrutura que deveria ser oferecida pelo governo federal na preservação, recuperação e duplicação na BR 364, pelos menos nos trechos mais críticos acreditam na possibilidade de um colapso no sistema de transportes nas próximas safras.

Para o presidente da Cooperativa de Transportes de Rondônia (CTR), Jorge Roberto Rott, que administra uma frota com mais de 800 veículos transportando soja, milho e algodão entre Mato Grosso e Rondônia para exportação pelo sistema hidroviário pelo rio Madeira na capital, Porto Velho, falta interesse político da bancada federal no Congresso Nacional. O Secretário de Agricultura, Evandro Padovani, lembra que somente o senador Acir Gurgacz, tem levantado essa bandeira e cobrado melhorias estruturais para a BR 364.

Para o caminhoneiro Danúbio Teixeira dirigir na BR 364, somente por necessidade e ter que conviver com os perigos de acidentes nas curvas fechadas sem duplicação. O empresário, Ezequiel Câmara reconhece que são dezenas de pontos perigosos, na BR 364, além dos trechos esburacados e mal preservados entre os municípios de Pimenta Bueno, Cacoal, Presidente Médice e Ji-Paraná palco de dezenas de acidentes com prejuízos materiais elevados e perdas de vidas.

Indústria de fertilizantes

No ponto de vista do empresário Adélio Barofaldi, com a implantação de uma indústria de fertilizantes pelo Grupo AMAGGI no complexo portuário no rio Madeira, a chegada de novas empresas ao estado, a produção de grãos vai triplicar, bem como o número de veículos trafegando pela BR 364, levará ao colapso com imensas filas de carretas nos dois sentidos da rodovia. A duplicação nos locais críticos e recuperação das laterais da estrada para o estacionamento de veículos é essencial para evitar acidentes e sofrimento para quem enfrenta essa rodovia.

De acordo com o gestor e analista ambiental, Idevaldo Maia, as margens da BR 364 foram antropisadas durante abertura do leito da estrada, portanto não causará nenhum impacto ambiental, caso o Governo Federal decida construir as terceiras faixas principalmente entre os municípios de Jaru e Ouro-Preto do Oeste, locais onde já se registraram dezenas de acidentes com vitimas fatais. O consenso é geral: a duplicação é necessária.

Comunicado da Redação – STV News

A responsabilidade pelas publicações opinativas ou matérias veiculadas no portal pertence exclusivamente ao colaborador ou autor, sendo o Site STV News isento de qualquer responsabilidade legal referente a essas publicações. As imagens e fotos presentes neste site são provenientes de assessorias de comunicação e retiradas da internet ou redes sociais, com a devida citação da fonte. Caso alguma foto ou imagem esteja sendo reivindicada, é possível entrar em contato conosco para a retirada do material publicado, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

DENGUE 2024
DENGUE 2024