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Voltar Publicada em 18/07/2020

7 dicas para que os pais tenham mais paciência com as crianças na quarentena

Especialista orienta como os pais podem manter a calma para que não descontem o estresse da quarentena nos filhos

Tem aproximadamente quatro meses que o isolamento social começou e, desde então, as famílias estão em uma convivência intensificada, com todo mundo em casa ao mesmo tempo. É uma nova rotina, na qual mães e pais tentam lidar com o trabalho remoto, administrar a casa e gerenciar os estudos e as brincadeiras dos filhos. Com tudo isso, há momentos em que o estresse pode tomar conta dos adultos, fazendo com que eles percam a paciência com as crianças. 

Segundo Nathalia Pontes, coordenadora de pesquisa e desenvolvimento educacional na PlayKids, é perfeitamente aceitável e normal que a paciência dos pais com as crianças se esgote. “Nem todos os dias estamos 100% e dificilmente as coisas saem como planejado. É normal que os pais não queiram lidar, por exemplo, com uma birra durante o jantar depois da rotina cansativa do dia a dia ou não queiram estragar sua manhã com outra discussão entre as crianças”, explica ela. “Ter momentos em que perdemos a paciência é normal, mas há algumas maneiras de trabalhar o equilíbrio e lidar melhor com essas situações”, afirma. A especialista elencou 7 dicas práticas para que os pais tenham mais paciência com as crianças. Confira abaixo: 

1. Respire

Caso a mãe ou o pai sinta que chegou ao seu limite, é possível pedir um tempo, dar uma volta na sala, se dar uns minutinhos antes de retomar a discussão. A reação quando alguém está estressado e nervoso nunca é a melhor. Segundo Nathalia, se uma pessoa se altera demais, há poucas sinapses entre a amígdala cerebral (lugar que se entende a emoção) e o córtex frontal (lugar onde se processa essa emoção), por isso há uma reação desproporcional. Ela aconselha: ao sentir que vai agir assim, respire e se dê um tempo. 

2. Reflita sobre o motivo da impaciência

É importante refletir sobre o real motivo da irritação. Um bom começo é analisar quando ela começou: a irritação está ali desde o começo do dia ou teve início depois de algo pontual? Ela foi desencadeada pelo que a criança fez? Dessa forma, é possível lidar com a raiz do problema.

3. Dialogue

Manter o diálogo e ensinar as crianças a fazerem o mesmo é essencial. O diálogo não deve ocorrer se a mãe ou o pai estiver fora do normal: é preciso primeiro acalmar os ânimos. A criança também precisa estar calma para conseguir conversar. Nathalia recomenda que os pais deixem de lado rótulos como “ele é teimoso” e tentem focar na ação de teimosia. Por exemplo: “Ele está teimando em comprar esse brinquedo, quando já combinamos que não será possível”. Nathalia afirma: seu filho não é um comportamento, ele produz um.

4. Estabeleça limites claros

As crianças devem saber claramente o que elas podem ou não podem fazer. Quando elas fizerem o que foi combinado com os pais, eles podem usar o reforço positivo, com elogios, por exemplo. Ao mesmo tempo, é preciso deixar claro quando os pequenos tiverem condutas não condizentes com o que foi estabelecido – de forma cordial, mas firme. 

5. Lembre-se que se trata de uma criança

Nathalia explica que é comum que a criança seja tratada como um adulto de tempos em tempos. No entanto, ela continua imatura, algo que é natural para a idade. A criança está em formação, assimilando muito dos acertos e erros e testando limites. Ela ainda não está completamente formada, o que implica em falhas e na necessidade de muito acompanhamento ao longo do caminho.

6. Crie momentos com o pequeno

Birras e mau comportamento podem ter como único objetivo chamar a atenção dos pais. Os pais devem analisar se têm passado um tempo de qualidade com os filhos. Nathalia orienta que, caso os pais percebam que isso não tem acontecido, tentem priorizá-los em algum momento do dia. “Ações simples podem fazer uma grande diferença”, diz ela. 

7. Reconheça seus erros

Se os pais agirem de forma incorreta ou perderem a paciência com as crianças, eles precisam reconhecer. “Permita-se errar e peça desculpas ao seu filho. Isso mostra que você também erra e que falhar faz parte do processo”, declara Nathalia. Ela também recomenda que os pais assistam à palestra TED da Brené Brown sobre vulnerabilidade, já que ser vulnerável demonstra humanidade e abre espaço para a empatia, características que os pais querem incitar nos pequenos. 

Fonte: Canguru News

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